terça-feira, dezembro 06, 2005

Bem... Antes de tudo permito-me acrescentar que a aventura do dia do consumismo não ficou totalmente descrita. Publiquei pois de tanto demorar demasiado a relatar os eventos acabei por perder o fio condutor inicial no emaranhado dos meus pensamentos.

Bem... Após uma hora e tal de configurar contoladores, procurar software na net, coiso e tal, fui ver o belo jogo Sporting / Porto.

Não sou um fanático, muito pelo contrário, mas aprecio bastante uma boa partida de futebol bem regada por uma cervejinha fresquinha. Mais uma vez senti-me defraudado. O jogo foi, no máximo, mediocre. Ao menos as jolas salvaram a noite, e a perda não foi total (a 0,50 €...)

Para terminar um belo dia de consumo desenfreado tomei rumo, com quem me acompanhou, para a sessão da meia noite no shopping. Comprei pipocas (sei que são caras, mas sou fanático por pipocas e castanhas...) e sentei-me na terceira fila a contar do ecrã (se é cinema, e já que tenho de cuspir graveto, reservo-me o direito a ver imagens BEM GRANDES!!!!). O filme começou, e em pouco tempo confirmei a minha opinião de que o Harry Potter não é um filme em que eu esteja muito interessado. Pode ser da minha veia sexista, mas não consigo deixar de encarar a série como uma versão do Senhor dos Aneis escrita por uma gaija para gaija, mas isso é toda uma reflexão que não irei fazer agora.

Eu começava a bufar de tédio, e a dedicar atenção quase exclusiva às pipocas quando fui salvo pela intervenção divina. O meu colega do lado começava a dar sinais de incómodo devido ao excesso consumista a que se submeteu na tasca. Não tinha o filme alcançado os cinco minutos de exibição e eis que se dá o milagre das transformações: de pessoa passou a cuba de fermentação, e de cuba de fermentação a pipa rebentada em tempo record. Não me contive e ri-me compulsivamente. Ponderei limpar, mas não convém andar com uma esfregona a passear durante a rodagem do filme. Levantámo-nos e saimos, ambos aliviados à sua maneira.

A noite terminou com um passeio bastante agradável. O estado do meu companheiro inspirava atenção, e por isso acompanhei-o a casa. A noite relativamente amena, o ar fresco da noite, a rua vazia de pessoas foram uma benção que saborei, e que compensou em muito o dinheiro investido....

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem Sr. Ovelha … e aqui tá um bom ponto de partida para se falar novamente sobre o consumismo…a INDUSTRIA CULTURAL.
Vou começar por comentar o fenómeno Herry Potter em relação às séries de livros editados. Coloco a questão: Porque será que o nosso mercado cada vez mais está a ser invadido pelos ditos produtos infantis/juvenis. Parece que estamos num mundo só de crianças (talvez seria bom…inocência…ai ai…onde já vai…tou a ficar nostálgica) mas essa não é a realidade, talvez haja outra razão! Aqui coloca-se outra reflexão: o que é mais engraçado nisto tudo e contraditório é o facto de cada vez mais existirem livros desse tipo, mas cada vez mais as crianças se afastam da leitura. Por que será, en?!? Ou os adultos começaram a ler livros infantis para si mesmo ou lêem para os filhos pequenos, ou compram por comprar porque está na moda e é in ter um livro exposto apenas como um objecto de decoração sem conteúdo, talvez para um dia lerem aos filhos que talvez nunca haverão de ter. Provavelmente a ultima observação é a mais certa, pois alguém acredita que a maioria das crianças que compraram o livro, com uma catrefada de páginas, consiga ler aquilo até ao fim, mesmo que os pais tenham tirado um tempinho para tal nunca chegam até ao fim! Eu não acredito! Não acredito porque eu não seria capaz nem teria paciência!! (desculpem-me os fãs!) Para estes existem coisas mais importantes a fazer , como tar na Internet, ver TV…vida sedentária…sei que não são opções muito validas, mas para falar nisso estaria a entrar noutro assunto que agora na diz respeito. (pode ser um bom post para uma próxima vez: a criança e a metamorfose brusca sentida ao longo do tempo). Continuando, falando da sociedade de supraconsumo (na sei se isso se pode dizer :S mas fica dito!:P) talvez possa afirmar que a cultura literária só faz parte dos nossas vidas pela possível possibilidade de vir um dia a ser filme ou qualquer outra coisa do género. O fenómeno Harry Potter é simples de explicar. Adaptada para o cinema, as varias série que levam ao consumo, e o enredo pode bem servir ao adulto. O público tem sede de histórias magicas e irreais. Se o público adulto se juvenializa (esta palavra na existe no dicionário, mas faz sentido!), o publico infantil torna-se cada vez mais frágil aos “ataques” do mercado. Talvez seja a hora dos pais “abrirem” os olhos e a mente dos seus filhos, controlando os hábitos de consumo, uma forma de orientação (esta agora é boa, podemos tb associar ao caso: o amigo que estava um pouco mal e que foi cuidado e tratado por ti). As crianças não podem ser tratadas como consumidores vulgares. Elas necessitam absorver valores para formar suas personalidades.
O que se vê actualmente é a corrupção da qualidade e a pregação de noções duvidosas de consumo. Basta de maremotos na indústria cultural. A qualidade deve exceder a quantidade.

p1ngger disse...

querida, o Ovelha não mora aqui!

Sissa disse...

passei por aqui... :)
dormiu bem?
*'s

Bernardo disse...

ri-me comó crlh!!!

LOL