sábado, fevereiro 27, 2010

Faltam 28 dias de encetarmos a nova peregrinação até compostela. Segundo o roteiro, temos 110 km camiño, dividido por 5 etapas.

Sairemos de Lisboa preferencialmente de carro, farendo uma viagem de aproximadamente 5 horas, e deixaremos estacionado em Compostela.


Em Compostela apanhamos o autocarro até ao nosso ponto de partida (Ourense), e aproveitaremos o resto do dia para nos descansar e visitar a cidade.


Começaremos a andar na madrugada de Domingo, atravessando o rio Miño, cerca das 07:00h, uma hora antes do surgir das primeiras luzes do dia, depois de nos terem roubado umas duas horitas de sono, devido à mudança do fuso horário e a chegada da hora de verão. Com um pouco de sorte às 08:30 apreciaremos o nascer do sol em Sartédigos. Caso não se registem grandes paragens ou surpresas, cerca das 12:30 estaremos em Cea, após percorrermos cerca de 23 km.


Ao segundo dia de peregrinação corresponderá a menor distância kilométrica entre cidades, que será compensada pela dureza de várias subidas e descidas. Com um pouco de sorte visitaremos o mosteiro de Oseira. A pernoita será em Castro Dozón, e no dia seguinte chegaremos ao albergue de A Laxe.


O quarto dia de peregrinação será o mais longo, com mais de 30 km a percorrer, antes de chegar ao Albergue de Outeiro. Devido à extensão da etapa, serão mais ou menos oito horas a andar, por isso será necessário preparar um bom farnel, e as paragens nos tascos e bodegas será uma obrigação. A ultima estirada, de 5 km em que se sobe desde o rio Ulla até Outeiro poderá obrigar a uma pausa mais prolongada no vale, para recuperar forças para a ultima estirada.


O quinto e ultimo dia de peregrinação será novamente pouco exigente, somente 17 km sem grandes subidas nem descidas. Uma vez em Santiago, uma pernoita num hostal e uma janta num restaurante perto da Catedral é exigível, de forma a celebrar condignamente mais uma aventura.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

É hoje. Definitivamente te abandono. Definitivamente vou embora. Sem um adeus escaparei pela porta fora. Dormes, descansas, sob o conforto dos nossos lençóis também tu te abandonas. Confias em mim, confias minhas palavras, excessivamente até. Porque tomaste as minhas palavras para ti, escolheste as que mais te convinham, como um perfume que dá textura à tua roupa, elas foram exaladas pois eram as palavras que precisavas ouvir. Ofereci-te também outras, gratuitamente, com um sorriso e sinceridade, mas essas tu não as quiseste, não ouviste, não ligaste, implicitamente recusaste aceitar eu ser quem eu sou. Definitivamente te abandono, pois hoje, silenciosamente tranco a porta e vou-me embora. Deixo as chaves de casa no tapete, fingindo-as esquecidas no chão. Os telefones também ficam, hão-te tocar na tua cabeceira quando acordares e ligares para mim. Cobardemente, eu assumo, não ter mais palavras para ti. Já as tive, e humildemente te as ofereci. Gastaste-as, usaste-as, ignoraste-as, espremeste o meu léxico para aproveitar o suco primaveril, cuspiste o restante consoante a tua conveniência. Silenciosamente te abandono. Sem um adeus, pois nem um adeus me deixaste para eu te deixar a ti.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

pensarei em como um dia te direi adeus, mas primeiro tenho que esvaziar esta garrafa