quinta-feira, agosto 31, 2006

Responsorio a San Antonio

Si buscas milagros, mira
muerte y error desterrados,
miseria y demonios huídos,
leprosos y enfermos sanos.

El mar sosiega su ira,
ridímense encarcelados,
miembros y bienes perdidos
recobran mozos y ancianos.


El peligro se retira,
los pobres van remediados,
cuéntenlo los socorridos,
díganlo los paduanos.

El mar sosiega su ira,
ridímense encarcelados,
miembros y bienes perdidos
recobran mozos y ancianos.


Gloria al Padre, Gloria al Hijo,
Gloria al Espíritu Santo.

El mar sosiega su ira,
ridímense encarcelados,
miembros y bienes perdidos
recobran mozos y ancianos.


Ruega a Cristo por nosostros,
António Divino e Santo,
para que dignos así
de sus promesas seamos. Amén.

sexta-feira, agosto 18, 2006

musica lindissima e desconhecida de muitos.... e tiveram em woodstock (o original).

para ouvir com o coração....



Everywhere is freaks and hairies
Dykes and fairies, tell me where is sanity
Tax the rich, feed the poor
Till there are no rich no more

I'd love to change the world
But I don't know what to do
So I'll leave it up to you


Population keeps on breeding
Nation bleeding, still more feeding economy
Life is funny, skies are sunny
Bees make honey, who needs money, No none for me

I'd love to change the world
But I don't know what to do
So I'll leave it up to you

o yah

World pollution, there's no solution
Institution, electrocution
Just black and white, rich or poor
Senators stop the war


I'd love to change the world
But I don't know what to do
So I'll leave it up to you
Saboreando o etereo, sublime, encho os pulmões
sabor perfumando de pinheiros e eucaliptos,
em verde campo de jogos, onde escondidos,
sem idade, velhos e novos, apanham pinhões.

Sem pressa ou alarde, sabemo-nos todos iguais
brincando felizes. Lenço, alegria e promessa,
serenidade para degustar o mundo sem pressa,
correndo livres por moitas, tojos e trigo
gritando Alerta!, vivendo a palavra "Amigo",
no escuro da noite, à luz dos ideiais.

Mesmo que ninguém ganhe, nem um se perde,
pois não existe crispação que deserde
os herdeiros destes laços fraternais.
ode

Poema lírico de forma complexa e variável. Surgiu na Grécia Antiga, onde era cantado com acompanhamento musical. A ode caracteriza-se pelo tom elevado e sublime com que trata determinado assunto. As literaturas ocidentais modernas aproveitaram sobretudo, do ponto de vista da forma, a ode composta por três unidades estróficas, correspondentes, no desenvolvimento da ideia do poema, à estrofe, à antístrofe (cantada pelo coro, originalmente) e ao epodo (conclusão do poema). A ode comportava uma série de esquemas métricos e rítmicos, de acordo com os quais era classificada.


Porra. Preciso agora de um exemplo. Ignóbeis. Nem dizem qual a métrica. Não quero inventar muito :S
Como se mede o sucesso ou fracasso de uma peregrinação que não aconteceu? Da mesma forma que se mede as que terminam na nossa Meca pessoal: não se mede, não importa a quantificação do que é inquantificável. Segui confiante em chegar novamente a Santiago, desta feita pelo caminho Inglês. Iniciando o caminho na cidade galega de Ferrol, efectuaria quatro etapas até alcançar a cidade Santificada pelo sepulcro do Apóstolo, palmilhando depois até Finisterra e terminando em Muxia.

Infelizmente, não ocorreu. Algo pessoal me obrigou a seguir com o equipamento para caminhar ao Sol e suportar calor; quando acordei em Valença vendo o céu cinzento e carregado, o anúncio de uma chuva persistente, que possivelmente se manteria no norte da península até ao final da semana, aconselhou-me a regressar com a mochila e os meus planos ao Alentejo. Assim fiz, sem falsos orgulhos nem falsas vergonhas.

Tem de fazer parte de nós aceitar quando a adversidade, ou simplesmente as inerências das limitações da vida, nos negam um desejo ou um capricho. Com humildade sincera e um sorriso acolhedor devemos aprender a aceitar algumas dádivas que nos trancendem, e que por não as compreendermos, ao sermos incapazes de vislumbrar a sua magnitude plena, sentimo-nos tentado a recusar estas ofertas gratuitas, na ilusão de concretizar teimosamente um capricho.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Sentado novamente num autocarro, enquanto as rodas engoliam o asfalto e os fumos de escape mediam a distância, ruminava os momentos do caminho percorrido e antecipava as surpresas do caminho a percorrer. Num momento de dispersão lembrei-me do jantar de sexta-feira: àquele que não fui porque estava totalmente comprometido com aquele ao qual fui. Estava algo consternado e triste, pois, ao celebrar a peregrinação, por opção, neguei-me à companhia de pessoas que (quase) todos os dias encontro virtualmente no forum on-line, em que os nossos avatares são uma simpatia não raras vezes mais simpática do que aqueles com quem partilhamos a "vida real".

Saí do autocarro em Lisboa, comprei um novo bilhete para Valença, que me permitirá seguir ainda mais para norte, até à Galiza fustigada pelo fogo, ao(s) Caminho(s) que me chama(m), à Compostela, à Costa da Morte, e com a graça de Deus, vislumbrarei mais uma centelha da luz que brilhe fielmente no Costa da Vida. No metro, efémero, fugidio, um milagre: três estrangeiros (um holandês, um alemão, um belga), três companheiros de horas, meses e anos de spam activo nos foruns do Dark Galaxy cruzam à minha frente. Hesitei, certifiquei-me que eram eles, hesitei, resolvi falar-lhes (já havia conhecido o holandês no ano passado, o que facilitava a abordagem), mas só depois de entrarmos todos na carruagem, para minimizar constrangimentos. A abordagem foi simples e directa "Sorry, are you [DG_NICK]?"; os olhos surpreendidos, a resposta "yes!", depois as devidas apresentações dos e aos restantes viciados na internet. O almoço foi com uma amiga comum, pertencente ao mesmo mundo virtual, num restaurante perto da avenida.

O jantar perdido ocorreu-se ali. Uma esperança, uma benção, um agradecimento por este pequeno milagre que por pouco, muito devido ao meu medo e à minha hesitação, ia deixando escapar entremãos.

sexta-feira, agosto 11, 2006

O sono constante, algumas cicatrizes, e uma paz interior são as marcas invisiveis de semana e meia de caminhada. Liberto de tudo, acompanhado por quatro irmãs, olhando por elas, elas olhando por mim (na verdade não; mas fica sempre bem no texto). Ele estava lá: o caminho. Tive medo quando esteve escuro, por mim e por elas, mas tinha de avançar na frente do grupo; à minha frente Tu connosco avançavas também, nos rumos para Santiago fizeste-Te bússola nos nossos corações.

Obrigado por estares lá, por Te sentir perto de mim. Por me permitires Te encontrar.

quarta-feira, agosto 09, 2006


El humo te impede respirar, no se ve nada y los ojos no dejam de llorar. No hay peor tragedia que ver las llamas arrasar todo lo que hay alrededor de tu casa, y no poder hacer nada. Es absurdo mirar para arriba. Los medios aéreos nunca llegam. Los bomberos son aqui, en Teo, una especie en vias de extinción. Los vecinos, aunque unidos, se enfrentam a las llamas con las manos y un cubo de agua. aquí no hay ejército para evacuar las casas, y muchos vecinos se niegam a abandonarlas. Hasta que tienen el fuego encima. Gritos y lloros. De rabia y de impotencia. Ver cómo las llamas crecen sin remedio. La noche se presentaba larga en Teo.

in La Opinión ~ A Coruña