quinta-feira, dezembro 29, 2005

Blues From An Airplane by Jefferson Airplane


Do you know how sad it is to be a man alone
I feel so solitary being in my home without you
I don't know what to do and
I don't know where you are
I can see my life is meant to fall apart some day
Just to be a simple man who sadly goes his way got no girl so
I got no world and
I got no words that I'll say
hey hey woman make me happy like I've never known before
say you have ever known no heart fore me anymore
something new, what's that sound around my heart
I feel something new,
I'm sure your love you've given must be real I know and
I'm sure of how I can be the man I feel,
I can be the man I feel


P.S.- um rebuçado a quem me ensinar os acordes...

quarta-feira, dezembro 28, 2005

a beleza deste texto (que encontrei no diariodigital) obriga-me a publicá-lo no meu blog.


O Natal, como há 200 anos
Paula Isabel Santos


«Estava terrivelmente frio. Nevava e tinha começado a fazer noite escura. Era também a última noite do ano, véspera de ano novo. Naquele frio e naquela escuridão, caminhava pela rua uma rapariguinha pobre de cabeça descoberta e pés descalços. Num avental velho levava uma quantidade de fósforos e na mão um molho deles. Ninguém lhe comprara nenhuns todo o dia, ninguém lhe dera um pequeno xelim! Com fome e gelada caminhava, e tão infeliz a pobrezinha (...) De todas as janelas brilhavam luzes e cheirava muito bem a assado de ganso ai na rua.»

Assim começa a história «A rapariguinha dos fósforos», de Hans Christian Andersen, de quem se comemorou este ano o bicentenário do seu nascimento.

Esta história, com quase 200 anos mostra-nos uma sociedade de consumo, de reboliço e de afazeres, preocupada em realizar com pompa e circunstância a festa de passagem de ano, numa época natalícia.

Mas é esta mesma sociedade que deixa morrer de frio e de fome uma pobre menina. « ... A rapariguinha com as faces vermelhas e um sorriso na boca... Morta enregelada na ultima noite do velho ano.»

Havia queimado os fósforos para se aquecer, mas a sua efémera chama mais não fez mais do que acelerar um momento de alucinação através do qual a menina vê a avô, e vê o paraíso.

Talvez esta história, volvidos que foram todos os avanços da medicina, volvida que foi a revolução informática, continue a ser real, poderia ter sido contada ontem , hoje ou amanhã.

Numa altura em que a preocupação com a abundância é grande, sobretudo nas vésperas de natal, onde uma farta fatia da sociedade sacia a vista e empanturra os sacos de presentes e de comida, dentro dos centros comerciais, sem saber muito bem porque... talvez por ser Natal... e outros, do lado de fora dos mesmos, esvaziam mais uma vez o olhar de esperanças, sabendo muito bem porquê.

Talvez a sociedade alucine, tal como alucinou a jovem menina, perante o sofrimento de fome, medo, solidão e frio, a sociedade alucina com cartões de crédito e muitos embrulhos, muitos sacos.

Mas qual será de verdade o verdadeiro espirito de Natal?

Será que a sociedade hoje, é capaz de agir e reagir de modo diferente da sociedade de há 200 anos atrás? Ou será que se trocaram apenas os cenários? A rapariguinha dos fósforos de Hans Christian Andersen morreu enregelada no cantinho de uma rua, na noite de passagem de ano, perante o olhar vazio (sobretudo de coragem e determinação) da sociedade. Hoje, não neva, mas morrem e agonizam nos cantos de algumas casas, meninas e meninos vitimas não só de abandono, mas de maus tratos. Vítimas do que de pior existe no homem: maldade pura de alguns e passividade de outros.

24-12-2005 18:24:25

domingo, dezembro 25, 2005

...Existem dois livros que considero bastante especiais devido à forma bela em como nos apresentam lições de vida tão importantes de uma forma tão simples. Utilizando a cortina da inocência apresentam-nos, pela sua estória, dois alicerces fundamentais à nossa felicidade como humanos: um dos segredo do amor e a beleza do brilho da amizade.

Poucos livros conseguem criar um nível de empatia de tal ordem que o seu desfecho fatalista arrasta uma lágrima do fundo do coração. O Principezinho, é um desses livros arrebatadores. É uma obra prima, pois mascarado numa estória infantil, cheia de inocência, encontra-se uma lição de vida muito dirigida aos adultos: "o essencial é invisivel aos olhos".

No mundo adulto, quando o deslumbramento da descoberta do mundo é substituído pelo pragmatismo do pão de cada dia, algo de muito importante é secundarizado: a importância da dimensão da amizade nas nossas vidas. Nos anos verdes o tempo é-nos oferecido em excesso, e a descoberta do mundo canaliza a nossa curiosidade para relacionamentos com aqueles que nos rodeiam, e a nossa energia tranforma esses relacionamentos em brincadeiras, discussões, amores, paixões, ódios e amizades. Nesse contacto com os que nos rodeiam, no fluxo do tempo que nos absorve, no sentir do mundo que nos envolve, o doce sabor efémero desses momentos é mascarado pelo deslumbramento dos sentidos.

Só quando o sol se põe apreciamos o esplendor do seu espectro de cores, e enquanto a noite se arrasta sentimos quão fria é a vida na sua ausência. Assim, acordamos várias vezes durante a vida adulta: em meio da noite gelada, aquecidos pelos raios de luz que se armazenaram nos nossos corações, sonhando a beleza da aurora.

o Principezinho é o meu Yin, Siddartha é o meu Yang.

Herman Hess, na sua escrita dança com as palavras, e neste conto relata a estória de um asceta Hindu, e da sua busca pela felicidade e pelo sentido da vida. É um tema recorrente, que nos assombra regularmente. Durante o seu caminho de vida, o asceta experimenta tanto a privação extrema como o excesso da luxúria, e finalmente encontra a sua resposta ao escutar a serenidade de um rio: que a dimensão do amor é a essencia da vida, e que esta dimensão não se consegue exprimir plenamente quer pelas palavras, quer pela dissertação.

Só vivendo e plenamente amando se reconhece o amor. Só plenamente amando a vida tem sentido. E o saborear da amizade é o reconhecimento da presença do amor por aqueles que connosco partilham o Reino...

sábado, dezembro 24, 2005

Espero que a noite de natal seja maravilhosa :)

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Natal é altura dos grandes jantares, com pequenas trocas de prendas, o que para mim é uma alegria, pois adoro o desafio de encontrar a prenda "perfeita". Dar uma boa prenda não é tão fácil e simples quanto parece, pois tem de obedecer a dois grandes factores: que a personalidade de quem oferece esteja, de uma forma subtil, presente, e quem receba goste da oferta.

Como detesto oferecer más prendas evito oferece-las a muita gente, pois o meu orçamento pessoal é reduzido, e por isso esmero-me nas oportunidades que se apresentam nos "jantares de Natal".

Este ano, no sorteio, fui contemplado por alguém com quem simpatizo bastante, mas que tem uma personalidade muito característica. Senti o grau de dificuldade bastante elevado, e por isso ainda mais agradável foi aceitar o desafio. Mais ainda porque já tinha uma prenda semi-decidida, o que, temos de admitir, facilita bastante a escolha...



...Deixei a compra para o dia anterior ao jantar. Como bom português confio na sabedoria da ultima hora. Além disso, embora tivesse muito prazer em partilhar a prenda que tinha pensado, não sentia que ela fosse recebida na plenitude que merece.

Fui à FNAC e diambulei. Procurei o que inicialmente tinha decidido oferecer, mas hesitei. Era uma boa prenda, com bastante qualidade, e com bastante significado, mas faltava-lhe o toque da perfeição. E a perfeição de uma prenda exite quando esta é simultânea e excepcionalmente agradável tanto para quem oferece como para quem a recebe.

Vagueei e vagueei, por entre mostruários e armários, entre poesia e prosa, entre novidades e reedições, perdido na minha indecisão entre comprar aquele livro maravilhoso que já estava escolhido, ou deixar-me levar pelo instinto e encontrar algo que eu sentisse realmente adequado ... Sentia-me inconfortável, pois o desafio estava perdido: a prenda perfeita não aparecia, nem eu a conseguia encontrar.

No meio de tanta indecisão a resposta encontrou-me. Mais que isso: foi sussurrada no meu ouvido. Estava a ver uns livros e sou atropelado por uma conversa de duas ragazzas "e será que têm as leis de Murphy?". Pensei para mim -e muito honestamente, esse foi o meu pensamento na altura- "quem sou eu para desperdiçar um pequeno milagre?".

Perguntei pelo livro. Não tinham em stock. Subi o Chiado, e entrei na Bertrand. Perguntei pelo livro: enviaram-me para a sala 2. E lá comprei "as leis de Murphy para o século XXI". Na noite seguinte, durante a troca de predas, observei atentamente o destinatário antes, durante e após ter desembrulhado o presente. As lágrimas de alegria, e o modo como percorria o livro eram indicadores honestos, sinceros e maravilhosamente agradáveis: o desafio fora vencido...

...E tudo graças a um milagre, pequeno e simples, que por muito pouco quase me passava despercebido. Mas mesmo pequeno e simples, foi um adorável milagre de Natal.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Esta é uma prenda antiga, oferecida por uma pessoa que nunca conheci, num tempo que já passou...

Partilho-a, em nome desse tempo, e para que nunca me esqueça da muito amada Ovelha...




Sheep Dream, by Cracker

Little light shining,
Little light will guide them to me.
My face is all lit up,
My face is all lit up.
If they find me racing white horses,
They'll not take me for a buoy.


Let me be weak,
Let me sleep
And dream of sheep.


"Attention shipping information in sea areas...Bell Rock, Tiree,
Cromaty, gale east...Malin, Sellafield..."

"Come here with me now."
Oh, I'll wake up
To any sound of engines,
Ev'ry gull a seeking craft.
I can't keep my eyes open--
Wish I had my radio.


I tune in to some friendly voices
Talking 'bout stupid things.
I can't be left to my imagination.


Let me be weak,
Let me sleep
And dream of sheep.


Ooh, their breath is warm
And they smell like sleep,
And they say they take me home.
Like poppies heavy with seed
They take me deeper and deeper.


quarta-feira, dezembro 21, 2005

O Natal aproxima-se. Pum... pum.... pummmm... Já se ouvem os seus passos a chegar...

Abençoada seja esta quadra festiva, devido à sua diversidade e variedade de opções:

- temos o Natal dos pequeninos, que esperam avidamente as prendinhas que irão agradecer a uma figura mitica;

- o Natal do consumismo, em que se queima desenfreadamente algum dinheirinho que se podia forrar;

- o Natal das luzes, que alegram as nossas ruas dando cor aos dias cisudos de inverno;

- o Natal dos mais humildes, onde, por caridade, têm direito a uma refeição com dignidade;

- o Natal dos jantares, onde o argumento obrigatório da presença permite liberdades reprimidas nos escritórios;

- o Natal das férias escolares, que é coroado pelos excessos do fim de ano;

- o Natal da reunião de família, onde se relembra os laços que nos unem;

- o Natal do amor em Cristo.

Em qualquer uma das suas cores, um bom natal para todos =)


terça-feira, dezembro 20, 2005

Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Todos estiveram de acordo em dizer que sim.

O professor pegou então uma caixa de fósforos e vazou-a para dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que sim.

De seguida o professor pegou uma caixa de areia e vazou-a para dentro do frasco. A areia preencheu todos os espaços vazios e o Prof. questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um sim em coro.

O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se.

Quando os risos terminaram, o professor comentou: - Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são as coisas importantes, como a família, os filhos, a saúde, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia. Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro, etc. A areia é tudo o resto, as pequenas coisas.

Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos, nem para as bolas de golfe. O mesmo ocorre com a vida: se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente são importantes. Preste atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia.

Um dos estudantes levantou a mão e perguntou: - Então e o que representa o café?
O Prof. sorriu e disse:- Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que, por mais ocupada a vossa vida possa parecer, sempre há lugar para tomar um café com um amigo.

Quando as coisas da vida te parecerem demasiadas, lembra-te do frasco de maionese e café.

terça-feira, dezembro 13, 2005

A justiça serve-se fria, como a vingança. A diferença entre ambas encontra-se essencialmente travo que deixam no palato (amarga primeira, doce a segunda), e na forma como a cegueira da justiça é totalmente complementar ao descernimento da vingança. De qualquer modo frias ambas se saboreiam.

Há uns dias a esta parte a senilidade encarnada que é Soares foi confrontado com certas (más) acções que teve no passado. Num episódio de campanha de rua foi humilhado por um ex-combatente, que o acusou de "ajudar os turras a matar portugueses", pelo financiamento militar dos combatentes africanos com dinheiros resultantes de um assalto a um banco, em mil novecentos e troca o passo.

Senti-me imensamente solidário com o veterano de guerra. Aquela alma é um dos muitos sacrificados da sociedade, que perderam parte da sua juventude a lutar inglóriamente por terras e riquezas que nunca foram suas, enquanto um advogado obscuro ia enriquecendo com diamantes dos "inimigos do estado". Tempo passou, a guerra acabou, e o soldado foi humilhado com a derrota de uma pensão de guerra irrisória, enquanto o advogado prosperou, enriqueceu e capitalizou, quer politica como economicamente, com o fim da guerra, tornou-se presidente carismático, senhor previligiado de portugal.

À luz do tempo a verdade brilha, e, quando a sociedade exorcisou finalmente os fantasmas gémeos do fascismo e do comunismo, este antigo senhor, antes visto como campeão incansável da liberdade e da democracia, aparece-nos com todo o seu explendor de arrogância e oportunismo, fazendo a sua passeata pela liberdade com as roupas que só "os inteligentes conseguem ver".

Em verdade o rei vai nú, despido de ideais e de ideias, envaidecido pela senilidade, e sem descernimento para a nova realidade que o envolve. Os oitenta morreram à muito tempo, mas na mente deste senhor a guerra politica que caracterizou esse periodo continua viva, e talvez seja por isso que, sem pudor, o senhor da politica se sirva das mesmas armas que utilizou à vinte anos atrás, incapaz de ver que há muito foram corroidas e enferrujadas pelo tempo.

O pobre soldado pediu justiça, provavelmente tentou falar a palavra da verdade, apenas para ser amordaçado pelos interesses instituidos, que valorizam mais a reputação do que as boas acções. Pouco mais que um murro consegui disferir, mas conseguiu atingir e enxovalar a já maculada campanha politica onde se pavoneia um senhor tolo e politicamente moribundo. Só tenho pena que em vez do punho e de um velho jornal, o senhor soldado não tenha utilizado daquelas pedras bem grandes, para de uma vez por todas fazer o abutre politico voar para terras bem longinquas.

sábado, dezembro 10, 2005

Bem...

Regressando à estória do cabo e do dvd...

Porque paguei um valor absurdo por vinte centimetros de metal e polimeros? A verdade é que não foi isso que eu paguei. O valor acrescentado se encontra no cabo, mas sim no software que permitir usufruir, através do cabo, dos conteudos do meu telemóvel num pc. E porque não usei o software original do telefone? Simplesmente porque não o comprei.

O telefone foi um perdido por uma beta, numa noite de rebaldaria. Podem achar arrogante da minha pessoa chamar beta à rapariga, mas vejam só: tinha um telemóvel topo de gama, próprio de beta; o telemóvel tinha uma capinha digno da betaria mais avang gard; as duas últimas mensagens que entraram no telemóvel diziam "devolve o telemóvel, porque a minha irmã está farta de chorar" e "gasta o resto do dinheiro, devolve o telemóvel que ainda te damos 60 euros. Senão vamos bloquear o telemóvel"; nunca se ter dado ao trabalho de realmente bloquear o telemóvel; o toque de escolha era a musica da berra, dos Daweasel. E como beta digna de nome, já que teve a proeza de perder um telemóvel novo em folha, ao menos podia ter tido a decência de deixar os cabos, cd's e auriculares no mesmo local em que deixou o telemóvel. Mas népia: além de beta demonstrou ser muito antipática e de ter pouco espirito desportivo.

Com o tempo a memória do bicho encheu-se de fotografias e videos pessoais, e era necessário esvaziá-lo urgentemente, pois ele está ao serviço de vários amigos cujo dom da fotografia dá muito bom uso à camara do telemóvel. E são fotos de verdadeira qualidade, nada de cenas de betarias ou fotos esteriotipadas.

A experiência do DVD era algo que também vem de outros campeonatos. Há cerca de três meses resolvi fazer uma pequena dvdteca com os filmes que realmente me marcaram. Ao experimentar o "fight club" no meu pc, em casa, fiquei de queixo caído, e olhos esbugalhados, ao constatar que o media player pura e simplesmente se recusava a reproduzi-lo. Estava eu na posse de um dvd genuíno, com uma grande pica para ver o filme pela enésima vez, e o pc dizia-me NÃO. Estudei o problema, procurei na net, informei-me nos locais correctos. A solução aparente era descarregar a versão "trial" de software que me permitisse ver o dvd. Aceitei as condições, e descarreguei o programa. Quase feliz, re-inseri o disco na ranhura: desta vez queriam que registasse (compreenda-se pagasse) uma licença. Comecei a ficar cansado de tanto rodeio para ver o filme. Estudei o problema, procurei na net, informei-me nos locais correctos. Uma hora depois já dispunha de um programita que me permitia forjar uma licença, e assim usufruir o bem que tinha adquirido, num bem que tinha adquirido.

Cerca de um mês depois comprei mais um dvd: A vida de Brian. Outro computador, outro dvd, o mesmo fandango: queria ver e a resposta era NÃO. Tentei resolver a questão a bem e pacificiamente, instalando o software de visualização de dvd, com a repectiva licença. Pedi depois ao reproduzisse o dvd: o PC negou-se... Experimentei utilizar o software indicado pelo fabricante do PC para reproduzir o dvd: o PC negou-se... Formulei o desejo mental de que os fabricantes de software se fossem todos reproduzir para o raio que os parta, e deixei de lutar. Cliquei num programa de distribuição livre que tinha no PC, tentei a sorte: et voilá. Abençoei as almas daqueles codificadores que lutam para livrar os leigos informáticos das encruzadilhas sombrias da protecção de direitos de utilização de software.

Foi devido a esta experiência tramática que perdi o amor a 50€, e comprei o software que acompanhava o cabo. Mas nem por isso a instalação foi pacifica: o software era apenas para ligar o cabo ao PC. Para conseguir aceder ao telemóvel a partir do portátil foi ainda necessário andar a passear pelo site da Nokia, e fazer o download de mais um porção de software.

P.S.- Em certas circunstâncias até teria devolvido o telemóvel, pois não é do da minha natureza adonar-me de algo que não seja meu. Mas a verdade é que só li as mensagens um mês depois de elas terem sido escritas. E como é sabido, as pitas betas encarquilham num prazo de quinze dias, quando não têm telemóvel, e assim sendo, ou a beta já tinha uma nova coqueluche ou já não fazia parte deste plano de existência: qualquer que seja o caso... olha... aguente-se... para a próxima não se meta em cavalgaduras desenfreadas com o telelé novo.

terça-feira, dezembro 06, 2005

Bem... Antes de tudo permito-me acrescentar que a aventura do dia do consumismo não ficou totalmente descrita. Publiquei pois de tanto demorar demasiado a relatar os eventos acabei por perder o fio condutor inicial no emaranhado dos meus pensamentos.

Bem... Após uma hora e tal de configurar contoladores, procurar software na net, coiso e tal, fui ver o belo jogo Sporting / Porto.

Não sou um fanático, muito pelo contrário, mas aprecio bastante uma boa partida de futebol bem regada por uma cervejinha fresquinha. Mais uma vez senti-me defraudado. O jogo foi, no máximo, mediocre. Ao menos as jolas salvaram a noite, e a perda não foi total (a 0,50 €...)

Para terminar um belo dia de consumo desenfreado tomei rumo, com quem me acompanhou, para a sessão da meia noite no shopping. Comprei pipocas (sei que são caras, mas sou fanático por pipocas e castanhas...) e sentei-me na terceira fila a contar do ecrã (se é cinema, e já que tenho de cuspir graveto, reservo-me o direito a ver imagens BEM GRANDES!!!!). O filme começou, e em pouco tempo confirmei a minha opinião de que o Harry Potter não é um filme em que eu esteja muito interessado. Pode ser da minha veia sexista, mas não consigo deixar de encarar a série como uma versão do Senhor dos Aneis escrita por uma gaija para gaija, mas isso é toda uma reflexão que não irei fazer agora.

Eu começava a bufar de tédio, e a dedicar atenção quase exclusiva às pipocas quando fui salvo pela intervenção divina. O meu colega do lado começava a dar sinais de incómodo devido ao excesso consumista a que se submeteu na tasca. Não tinha o filme alcançado os cinco minutos de exibição e eis que se dá o milagre das transformações: de pessoa passou a cuba de fermentação, e de cuba de fermentação a pipa rebentada em tempo record. Não me contive e ri-me compulsivamente. Ponderei limpar, mas não convém andar com uma esfregona a passear durante a rodagem do filme. Levantámo-nos e saimos, ambos aliviados à sua maneira.

A noite terminou com um passeio bastante agradável. O estado do meu companheiro inspirava atenção, e por isso acompanhei-o a casa. A noite relativamente amena, o ar fresco da noite, a rua vazia de pessoas foram uma benção que saborei, e que compensou em muito o dinheiro investido....

domingo, dezembro 04, 2005

Irmão. Ficaria maravilhosamente feliz se pudesse partilhar o dia de hoje contigo.

Infelizmente a partida também faz parte da vida. Fica a saudade, fica um vazio, ficam as memórias e momentos partilhados.

E obrigado pelo muito que me ensinas-te.

sábado, dezembro 03, 2005

Embora este blog não pretenda ser um diário da minha vida, ou algo que se pareça, existem dias cuja linha condutora comum merece reflexão...

Comecei o dia na Avenida. Dispunha de bastante tempo para perder em trivialidades, e tomei rumo a uma loja de música que se encontra na Rua de São José. Procurava preços para uma guitarra de cordas, uma vez que a minha fiel viola se encontra em inutilizada. Tinha iniciado uma jornada pelos meandros do consumismo mais puro...

Entrei na loja e interpelei o dono. Respondeu-me que havia vendido uma no dia anterior, e por isso não dispunha de nenhuma na loja. Mostrou-me outras violas, acusticas e semi-acusticas, e depois, motivado pela possibilidade de uma venda, telefonou ao fornecedor. Poucos minutos depois ficou combinado um dia (na próxima terça feira), um modelo (ZS 12 cordas, semiacustíca), um preço (240 €) e um desconto. Saí da loja rendido à ideia de empenhar um pouco dos meus rendimentos em sacrificio ao prazer da música.

Entrei no metro, e rumei aos olivais, não imaginando sequer que pouco depois estaria de volta à Baixa, e iniciaria um mini frenesim consumista.

Encurtando a estória, a meio da tarde encontrava-me no Largo do Calhariz para levantar a carta verde (por ironia, e devido ao pagamento do seguro do carro ainda não estar no sistema informático, estima-se que só para terça a consiga obter). Aproveitei a viagem para comprar uns livros que há muito quero oferecer, e o DVD "A Vida de Brian" para a minha pequena dvdeteca. O passeio terminou no Espinheira, onde comprei uma garrafinha de ginjinha sem elas.

Regressei aos Olivais. Reservei a noite para ver o filme, mas não me contive e coloquei-o no portátil... Que banho de água fria... Nem Media Player, nem Windvd reproduziram o dito. Constantemente davam erro devido à protecção dos direitos de autor. Senti-me defraudado e atraiçoado. Tinha gasto um pouco do meu salário para saborear um prazer que agora me era injustamente negado. Após muitas tentativas frustradas resignei-me. Nada podia fazer. Não tinha direito de ver o dvd que comprei!

Fui jantar. Pita Shoarma... Passei por uma loja e comprei um cabo para ligar o telemóvel ao PC, e assim conseguir passar as fotos e filmes. 10 contos... que abuso por um cabo de ligação, que mais não que de cobre e borracha.

Voltei ao meu cantinho, jantei e passei hora e meia a configurar e acertar os detalhes da ligação do PC e do telele... Tanto tempo perdido.

Bem... Agora que terminei a introdução vamos ao grão...

Como já referi considerei bastante injusto o facto de me privarem de ver um filme que comprei, num portátil que tenho em meu poder. Que raios.... Aqui estou eu, anticonsumista assumido, defensor da liberdade de ouvir musica e de ver filmes liberto dos constrangimentos comerciais impostos por moralidades obscuras a investir o meu capital e a cumprir certos protocolos comerciais, para, no que no fim, ser lixado por protecções comerciais.

Vivemos numa sociedade de consumo, onde se desrespeita quem trabalha duro e se tem deveres e obrigações para com os que são previligiados pelo sistema. E quanto a mim.... O que posso fazer para mudar isso? Em verdade nada. Não posso mudar o mundo, nem as leis que o governa.Mas só porque tenho de viver no rebanho, serei obrigado a ser arrastado pelo seu divagar cego? Recuso-me!

terça-feira, novembro 29, 2005

A fé não se reflete nas coisas boas: as coisas boas são reflexo da fé.

Fiquei surpreendido, pois sempre tomei-te como alguém forte na fé, esclarida na doutrina e defenida na alegria de Deus.

A fé não vem da instituição, não vem do comprimento dos preceitos, não aparece pelo cumprimento das espectativas pessoais ou do corresponder às expectativas de terceiros.

A fé e alegria em Deus não vem das leituras, de horas fechada a orar, de estar continuamente a bendizer o Senhor. A fé aparece pelo reconhecimento da beleza de Deus na nossa vida, do saborear a sua dádiva única, do reconhecer a verdade de Cristo, dos principios de amor, fraternidade e caridade que ele apreguou. O amor daqueles que estão por perto são as sementes de Deus: as leituras a boa água que nos mata a sede, e que nos faz crescer, pelo descernimento da palavra, em direcção à sua luz. Não basta falar com o Pai, se não tiveres coisas boas para lhe dizer...

Deus abençou-te com a dádida da Vida, e a isso deves agradecer todos os dias, pelo cumprimento do mandamento do Amor. E o cumprimento não se faz dentro de quatro paredes: faz-se no meio de quem gostas de estar, e no meio daqueles com quem gostas de partilhar a benção da Vida. assim agradecimento a Deus pelas suas maravilhas só se torna sincero se realmente viveres as maravilhas que ele te oferece, pois não se pode verdadeiramente agradecer um brinquedo se nos recusarmos a brincar com ele; nem se pode agradecer um livro colocando-o esquecido numa estante, onde irá permanecer imaculado (e esquecido) o resto da vida.

Ultimamente tenho tido dificuldade a adormecer, pois esta época de alegria, que para mim foi em certas alturas um jardim magnifico, perfumado pelas flores da alegria e amizade, agora assemelha-s a um deserto vazio, por onde passou a devastação e perda. Mas sei que tudo se reconstroi, diferente, mas igualmente magnífico, desde que deixemos a luz do Amor de Cristo iluminar os nossos caminhos de Vida e os nossos corações. ..

sábado, novembro 26, 2005

Sinto-me nostágico dos tempos de amor, das alturas em que me sentia amado, de quando que podia corresponder às solicitações do coração e do corpo de quem me queria perto.

Desde que perdi a ligação com o meu coração não mais a reencontrei. Entre dúvidas, hesitações, indecisões, irreciprocidade, tudo tem jogado contra mim. Principalmente eu, pois não aceito semi-soluções: exijo de quem comigo esteja um pouco menos do que eu estou disposto a dar.

Procuro uma alma que me ame, para eu a poder amar, procuro um corpo que me queira, para eu me poder dar. Procuro a divinidade do amor concretizada numa pessoa que se aceite como só minha, pois assim eu serei totalmente seu.

Não me basta um corpo bonito... A vida não é uma loja de consumo onde o valor acrescentado de um produto é maximizado por uma bonita aparência... Não me basta uma alma humilde... A luta em Cristo não se basta na humildade, é preciso a coragem de assumir a luta, e assumir o nosso valor nessa luta terrena. Não basta um sorriso... É preciso a sinceridade e a alegria... A dedicação ao amor e a capacidade de realmente amar as coisas vivas e belas com que o Pai nos abençoa.

Que a luz de Cristo ilumine sempre a tua vida, amor...

Mmm, you're so pretty,
Not to talk to you would be a crime.
Aah, let me put my arms around you,
Just wanna use up a litt;le of your time.
(And I go -)

Baby baby baby,
Baby baby baby,
Baby baby baby,
Won't you be my girl.

Aah, your eyes are so pretty,
And the clothes you wear they're so fine.
Hey won't you come round to my place
Just wanna use up a little of your time.
(And I go -)

Baby baby baby,
Baby baby baby,
Baby baby baby,
Won't you be my girl.

quinta-feira, novembro 24, 2005

A minha escrita pouco passa de um exercicio pessoal de retórica.

São pensamentos que partilho com o mundo, o pouco que me arrisco a partilhar.

Além disso, o mundo está cheio de imbecis, e os imbecis não merecem muito de mim.

terça-feira, novembro 22, 2005

Sinto-te chegar perto de mim, ao tocares o meu coração com as tuas palavras doces, intercaladas pela a alegria do teu riso irresistível.

Em teus olhos doces me perco. Os teus olhos refletem a alegria em viver, própria de quem não provou o sabor amargo dos males que atormentam o mundo. Horas passam por mim sem eu as sentir, pois a tua presença mantem-me feliz venerando a forma como adoças o mundo com o teu olhar.

Quero-te abraçar, mas com o sorriso que me acaricia, com os olhos que me prendem, com eles o teu abraço foge de mim, recusa-se a uma rendição. A muralha invisivel é intransponível, o fosso enorme, a vigilância constante.

Esperaria por ti uma vida inteira, mas de uma vida não disponho. Nem a minha, e muito menos a tua, a quem adoro mais do que tudo que possuo ou posso vir a possuir.

Resigno-me. Coloco a mochila às costas e as pernas ao caminho.

De ti ficará uma doce memória, que poderei saborear pelo resto da minha vida. E o beijo de despedida que não te darei...

quarta-feira, novembro 16, 2005

Por vários meses estive liberto. Cerca de um ano... talvez menos.

A memória dos olhos que me prenderam aos poucos se desvaneceu. O brilho que antes me prendia agora somente me abraça na ternura da amizade. Os pequenos detalhes, antes constelações de um universo, condensaram-se novamente, e encarnaram numa alma onde não voltarei.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Com algum contrangimento vi este video.

O documentário é impressionante e medonho, pois testemunha a inumanidade que certas nações e grupos militares assumem, ao legitmitar o direito ao genocidio indiscriminadado como forma de defesa pessoal.

A história, a par com a a ética, é um livro pouco estudado pelas inteligência militares. Há trinta anos atrás, o recurso ao napalm, com o consequente massacre indiscriminado de populações inteiras, foi condenado por ser uma prática desumana. Trinta anos passaram, e o napalm não existe: apenas substitutos que têm efeitos similares.

A atrocidade militar é enorme: pessoas são queimadas vivas... corpos derretidos até aos ossos por acção quimica... crianças, adultos, velhos, novos, enfermos, saudáveis...

:'(

...::bebés não deveriam perder a vida deste modo::...

quarta-feira, outubro 19, 2005

Messenger Lines


Durante esta semana pensei que tivesse perdido todo o meu historial do messenger. Abençados espaços virtuais que nos permitem resguardar informação desnecessária durante um periodo indeterminado de tempo.



2004_11_22 Querida, esquece os segredos que não te conto: lembra-te dos segredos que guardamos

2004_11_23 Querida, ontem pensei em ti, mas qd olhei para o meu lado não estavas lá...

2004_11_24 Querida, hoje sonhei contigo, mas qd acordei não te encontrei na minha cama... Obrigado por não me acordares

2004_11_26 Querida, o k fizeste ao meu telemovel? Agora tá como tu: o OK não funciona :(

2004_11_27 Querida, gosto memo de te ver na cozinha... e ver-te agarrada ao fogão, ou sentada na bancada... é tão sexy

2004_11_28 Querida, FDX!!! É so fingires te estas a afogar, e k os tubaros são duas botijas de oxigénio!!!

2004_11_29 Querida, ganhaste... A tua tromba continua mais rija k a palma da minha mão :(

2004_11_30 Querida, estou maravilhado! :D Lavadinha e rapadinha: é assim k eu gosto de ti! já não tenho d andar a cuspir pelo!

2004_12_08 Querida, só te dou pão e água? E a porrada não conta?

2004_12_10 Querida, se olhar para ti me faz sorrir é pk ainda não tiraste as pinturas

2004_12_12 Querida, és tão alucinante que troquei as drogas por ti! Agora o dealer não te quer devolver!!! :(

2004_12_16 Querida tas sempre no blablablabla... FDX... Mas os meus genitais não te enchem a boca?

2004_12_16 Querida tas sempre no blablablabla... FDX... Mas será k não consigo calar essa boca??

2004_12_17 Querida tentei falar, tentei amar... tentei até te compreender... E embora eu tenha aceitado, continuas muito cara!

2004_12_20 Querida, com tanta gente à nossa volta mal consigo dar-te atenção... paciência, mas uma orgia é uma orgia

2004_12_23 Querida, se matei o Pai Natal, era pk ele tava despido, na nossa sala, e tu tavas a lamber-lhe os testiculos. Desculpa :(

2004_12_25 Querida, o teu bacalhau tava divino, o teu grelo gostoso. Misturado com saliva fex um minhete marabilhoso. (f)

2004_12_26 Querida só tu me fazes vir aqui no meio na noite... Já de dia costuma ser tua amiga loira...

2005_01_12 Querida trocaste a fechadura e puseste-me na rua. Depois não reclames de eu dormir em casa da tua amiga :)

2005_01_17 Querida ela é feia, grossa, grande e dura... e é toooooooddaaaa tua :)

2005_01_23 Querida o alcool, as drogas e o rock 'n' roll já não me dão alegria... nem tu... :(

2005_01_23 Querida melhor k kebrar o gelo assim de repente é trinca-lo suavemente, e ir saboreando a aguinha k vai escorrendo

2005_01_31 Querida: o teu corpo é o farol que me guia pela incerteza das marés revoltas... Posso arrear ancora na tua baia?

2005_02_04 Querida, dizias tu que as tuas aulinhas de trombone no conservatório não serviam para nada.... ui.... maravilhoso!!!!

2005_02_14 Querida, no teu aniv dei-te uma plaquinha d prata. No natal foi uma plaquinha d ouro... Hoje é dia de uma placona acima :)

2005_03_10 Querida.... sexo e drogas e rock 'n' roll é o k kero... mas tu só me mois a cabeça...

2005_03_14 Querida não é preciso engolir... é só para chuchar até deixar de pingar...

2005_03_15 Querida a nespereira já tem flor :) Não tarda nada e já me posso labuzar.... HUHUHH... Nêspera pá malta o/

2005_03_21 Querida, se gostas tanto d andar à chuva depois não te queixes por te sentires molhada...

2005_03_30 Querida sei que coentros e rabanetes não vão à mesa de um rei... Mas hoje é dia de coentrada.

2005_05_16 (f) Querida, se uso roupa velha, dizes que ando rasgado; se é nova vou estragar... Para ti só nuzinho memo :S

2005_05_17 (f) Querida curtes tanto musca, fados e guitarradas... ai tã linda :D:D:D bora lá a mais uma gaitada (x)

2005_06_02 Querida chegou o mês da revisão. O carro vai para a oficina e tu para casa da mamã... (f) manda comprimentos ao gato Botas

2005_06_08 Querida podes comer onde quiseres... desde que seja um sitio quente e confortável conta comigo...

2005_06_14 Querida estou tão cansado do trabalho que nem consigo dormir, por isso hoje não vou a casa...

2005_06_16 Querida sem mim és um café amargo. O meu amor é o torrão de açucar que se derrete dentro de ti.... (f)

2005_06_29 Querida posso ser teu empresário mas não posso montar-te o negócio todo os dia.

2005_06_30 Querida se o sexo é uma guerra, o teu corpo é um verdadeiro campo de batalha... E em tempos de guerra todo o buraco é trincheira!

2005_07_05 Querida as minhas palavras ressoam em ti. Se tu és o sino, eu sou um badalo... BADDDJJJOIIINNGGGG

2005_07_07 Querida... ter outra gaija? tás louca? nã preciso de mais um animal a queixar-se dos meus arrotos e dos meus peidos! (f)

2005_07_15 Querida o teu odor permanece no meu quarto horas e horas depois de saires... Nã comeces a usar sabão k nã é preciso!!!

2005_07_19 Querida... mas é claro que uma cerveja dá para os dois. Eu bebo pelo gargalo e tu chupas pelo canudinho!

2005_07_23 Querida quando não consegues falar sou eu que fico sem palavras... eh bom :D

2005_07_25 Querida hoje é dia de pescaria. Leva a caninha que eu levo a minhoca Saltarela. Nem vai ser preciso engodar...

2005_07_26 Querida antigamente ainda tricotava umas pegas e umas peugas, mas agora só tu me mexes na agulha e nos novelos

2005_07_29 Querida, se ganho o euromilhões levo o dinheiro desapareço contigo.

2005_09_01 Querida, fui, vim, voltei e cheguei... E o Sheepmobile nã se queixou...

2005_09_02 Querida vou para a Noruega dedicar-me à pesca. Viva o sol e o mar, o bacalhau e o sequeiro!!!

2005_09_06 Querida a inspiração foi tão grande que me limpaste de ideias e pensamentos. Agora tou sequinho, sequinho... :(

2005_09_08 Querida: de uma vez por todas.... Eu só provo se eu cozinho!

2005_09_12 Querida apito ou não apito?

2005_09_13 Querida apitas ou não apitas?

2005_09_16 Querida temos de mudar a água ao marisco pk o berbigão já está com a lingua de fora...

2005_09_23 Querida pequenina... Se não tens escada para chegar ao céu nã te preocupes... logo logo já vês estrelas...

2005_09_27 Querida, se tu és o meu furação, o que sou eu a ti?

2005_10_04 Querida, o meu coração é o teu tesouro, e tu és a minha pirata. Keep it safe... e nã partas a perna de pau...

2005_10_07 Querida, se mordes outra vez levas com uma cuspidela na testa!!!!

2005_10_11 Querida se continuas a comer bananas desalmadamente passas de macaquinha a macacona...

2005_10_13 Querida compraste uma mala muito bonita :) Uma mala com gosto é sempre bonito de ser ver :)

2005_10_17 Querida tu gritas, esperneias, bates e espancas... fico sempre maravilhado :o

2005_10_19 Querida quer monte a cima, quer monte abaixo, a locomotiva avança a todo o vapor. Muito carvão queima essa fornalha!

sexta-feira, setembro 30, 2005

The powers that be...

Muitas vezes o mundo parece estar contra nós, e nessas alturas quase nunca vale a pena tentar contrariá-lo. Aceitamos que ele gira de Oeste para Este, e nós com ele giramos à sua velocidade. A velocidade pode parecer estonteante, turva-se a realidade que nos abraça, e as forças que o compõe aparentemente alinham-se contra nós. Sentimo-nos frageis e vulneráveis, e sentimos que este mundo não foi feito para nos agradar, e sim, de alguma forma irónica e distorcida, para nos confrontar contantemente com a nossa fragilidade e impotência.

Quando os mares se tornam revoltos há que saber mantermo-nos à tona, aproveitando as correntes favoráveis e evitando as rochas onde poderemos encalhar. Por vezes não é necessário saber nadar, o importante é saber boiar.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Em todos os momentos estás presente.

Miguel, nunca pensei que seis meses fossem tanto e tão pouco tempo.

Descansa irmão... e cuida bem desse cantinho verde que reclamaste para ti!

quarta-feira, julho 20, 2005

Amigo Ovelha

Dizer que descobri que o ser humano é estupido e limitado por natureza, apenas o redescobri. Há séculos e séculos que profetas e filósofos afirmam, reafirmam, discutem e concluem este facto.

Infelizmente, pelos séculos dos séculos em que o pensamento humano tem fluido, a capacidade das ideias serem transmitidas intactas é diminuida, pela impossibilidade da memória e das ideias, à semelhança de outras caracteristicas humanas, não ser impregnada nos novos seres aquando da sua concepção.

A refinação genética permite os nossos descendentes serem mais robustos, mais capazes, eventualmente até mais inteligentes, mas no campo da mente humana, na dimensão que abraça tudo o que aprendemos e adquirimos pelas vozes da experiência e do pensamento, nada é facilmente transmitido. Aqueles que nos precedem, mesmo nascidos dotados de metade do nosso ser encontram-se desligados de nós por anos de experiência e maturidade. Quando estes novos seres, metade da nossa inteligência e curiosidade, começam a questionar o mundo de modo algum aceitam o que nós já sabemos ou descobrimos, porque eles mesmo estão na idade de questionar, descobrir e opinar.

terça-feira, junho 21, 2005

A nova série da SIC, desperate housewives, apanhou-me desprevenido. Num domingo à tarde de final de campeonato, devido a uma sequência anormal de eventos, encontrava-me a olhar para aquele monstro que debita som e luz, e a que chamamos televisão.

O episódio piloto surpreendeu-me pela complexidade do argumento, a consistência das personagens, a qualidade da fotografia e os corpos sumarentos das gajas. Criei grandes expectativas, e desde então tenho dedicado uma a duas horas do meu domingo a observar e desenvolver do enredo, o descobrir de mistérios, e o aprofundamento das relações das personagens.

Infelizmente, como muitas coisas deste mundo, fiquei desiludido ao perceber que tipo de produto me está a ser imposto: não é uma obra de arte, mas apenas mais um produto de consumo direccionado a um mercado especifico. A série, etiquetada de culto pelos seus promotores não passa de uma soap opera com uma cadência vertiginosamente rápida. Situações surreias, inverosímeis e excessivamente estereotipadas se sussedem a um ritmo vertiginoso, em acções conduzidas por musas de corpo perfeito, cuja vida jamais lhes ensinou a realidade suburbana que a série tenta recriar.

A conclusão que me fica é que DH não passa de uma nova versão do Sexo e a Cidade, onde, por conveniência e distinção de produto, a personagem central foi removida do enredo (aliás, o seu suicidio é o ponto de partida das aventuras das quatro malucas) e a acção se desenrola num ambiente menos cosmopolita.

Um 90210 dedicado às donas de casa...

sábado, junho 18, 2005

Hoje foi um dia em que venceu a democracia, pois, após 30 anos, a extrema direita finalmente teve direito a sair à rua, de cara destapada. Embora não comungue a ideologia por eles pregada, nem por isso deixo de aplaudir a democracia por permitir que todos expressem as suas ideias e convicções: essa é a verdadeira utupia da liberdade de expressão.

Além disso, a existência da própria manifestação é um sinal de que algo está incorrecto na sociedade portuguesa, e de que o rumo das recentes politicas tanto económicas como sociais apenas agrava ainda mais o que não está certo.

Não concordo com as teorias nem ideias dos manifestantes, mas a sua existência é prova de que algo está muito mal...