quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Olho-te nos olhos. As ondas quebram suavemente ao alcançar a praia, derramando a sua espuma para preencher os grãos de areia, perfumando com maresia a manhã quente. Não nos importa o mar imenso sustentando o céu azul, a confiança do sol que domina o dia, o incessantemente vento gozão e inoportuno, o definhar das algas acima da linha d'água. Guardamos as palavras, apenas as almas se exprimem, puras e sinceras.

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Quando sonho, sonho a cores.

Já sonhei verde e vermelho, e quando sonhava assim, preenchiam-me essas duas cores. Era esperança que conduzia vida, esperança que inspirava calor, esperança inocente mas determinada, vida que crescia, energia que pulsava. Depois azul e branco. Aprendi a ser mais do que eu, ser história e orgulho, nação na nação, embaixador de nós, transpor o contemporâneo e o popular, abraçar a diversidade e a riqueza acumulada por séculos acobertados de azul e branco.

Hoje, pela primeira vez, sonhei branco e vermelho. 

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Primeiro: motivação; segundo: arrumação; terceiro: mudança.

Limpar, arrumar, reorganizar o espaço em que vivemos é reorganizar, arrumar, limpar as ideias dispersas e espalhadas pelos confins da nossa mente. Missangas de várias cores devidamente encarreiradas e alinhadas por um fio estruturante apresentam-se como um colar bonito onde cada uma consegue refulgir plenamente, permitindo-nos discernir a beleza esférica singular de cada uma das bolinhas coloridas. Para saborearmos devidamente cada momento da nossa existência necessitamos criar um alinhamento estrutural no plano físico que nos permita estruturar a dispersão que existe nos nossos variados planos abstratos, evitando que a anarquia disfórmica de milharentas ideias se aglutine comprimindo o pensamento, reduzindo-o a um empedrado indestrinçável de sonhos perdidos, frustrações acumuladas, desejos irrealizados, memórias perdidas, sucessos esquecidos.