quinta-feira, setembro 28, 2006

No extenso sapal, entre as sombras dos chorões e os charcos fétidos, um lugar de pura magia era refúgio para os repugnantes sapos-principes. Aí as águas são mais escuras, enegrecidas pelas energias arcanas que protegem os girinos, que se entranham na malha orgânica dos seus metabolismos. Os vapores fétido que se elevam sobre as ondulação esverdeada mesclam-se com o perfume das flores e plantas, criando uma brisa adocicada que, cortando a atmosfera, invade as orlas dos bosques e riachos vizinhos.

De longe a longe, a melodia aromática expande-se muito para além do pântano, encontrando o coração incauto de uma doce princesa. A gentil rapariga é então invadida por uma miriade de visões românticas, que desacalmam o seu coração e libertam a quente e perturbadora paixão até ali contida e refreada. Então do destino assume o controle das vontades e impulsos. A complacência perante a predestinação permite-lhe ser a protagonista da sua lenda pessoal, similar a tantas outras estórias que incontáveis vezes ouviu, leu e contemplou, e que a repetição inconsciente e a ressonância amorosa moldadou à sua própria vida pelo sonhar acordada, durande dias e dias, meses e meses, anos e anos, fantasias e sonhos, calor, alegria e amor.

terça-feira, setembro 26, 2006

não gosto de jornalista. são falsos, influenciáveis, influenciadores, e demasiadas vezes dotados de uma cultura geral rasa. este não...



...mas este é um granda otário. E foi bem espancado verbalmente pelo tio Bill Clinton!

quarta-feira, setembro 20, 2006

mais uma pérola da net

1) I can see your point, but I still think you're full of ****.
2) I don't know what your problem is, but I'll bet it's hard to pronounce.
3) How about never? Is never good for you?
4) I see you've set aside this special time to publicly humiliate yourself.
5) I'm really easy to get along with once you people learn to see it my way.
6) Who lit the fuse on your tampon?
7) I'm out of my mind at the moment, but feel free to leave a message.
8) I don't work here - I'm a consultant.
9) It sounds like English, but I don't understand a damn word you're saying.
10) Ahhh. I see the screw-up fairy has visited us again.
11) I like you. You remind me of myself when I was young and stupid.
12) You are validating my inherent mistrust of strangers.
13) I have plenty of talent and vision - I just don't give a damn.
14) I'm already visualising the duct tape over your mouth.
15) I will always cherish the initial misconceptions I had about you.
16) Thank you. We're all refreshed and challenged by your unique point of view.
17) The fact that no one understands you doesn't mean you're an artist.
18) Any connection between your reality and mine is purely coincidental.
19) What am I? Flypaper for freaks?
20) I'm not being rude. You're just insignificant.
21) It's a thankless job, but I've got a lot of karma to burn off.
22) Yes, I am an agent of Satan, but my duties are largely ceremonial.
23) And your cry-baby whiny assed opinion would be?
24) Do I look like a f..king people person to you?
25) This isn't an office. It's Hell with fluorescent lighting.
26) I started out with nothing and I still have most of it left.
27) Sarcasm is just one more service we offer.
28) If I throw a stick, will you leave?
29) Errors have been made. Others will be blamed.
30) Whatever kind of look you were going for, you missed.
31) Oh, I get it. Like humour. Only different.
32) A cubicle is just a padded cell without the door.
33) Can I trade this job for what's behind door number 1?
34) Too many freaks, not enough circuses.
35) Nice perfume, but must you marinate in it?
36) Chaos, panic and disorder - my work here is finally done.
37) How do I set a laser printer to kill?
38) I thought I wanted a career; turns out I just wanted a salary.
39) I'll try being nicer if you try being smarter.
40) Wait a minute - I'm just trying to imagine you with a personality


P.S.- não tenho culpa dos erros. só fiz copy/paste.

terça-feira, setembro 19, 2006

A Coca-Cola, mais do que um refrigerante, é um icon do sucesso no capitalismo, um produto de consumo transversal a gerações alheio aos conflitos das generation gaps, uma porção de cafeína agridoce temperada com bastante gás carbónico. A composição da mistura tem sido ajustada ao longo dos variados anos de existência deste produto: longe vão os tempos em que a folha de Coca e a noz Cola -que baptizaram a bebida- se encontravam inscritos na lista secreta de ingredientes; e nos tempos mais recentes têm-se criado sucedâneos dentro da própria marca afim de preencher adequadamente alguns nichos de mercado cuja especificidade não é compatível com o produto comercializado.

Devido ao seu impacto tão elevado, tanto ao nível económico como ao nível cultural, o surgimento de estórias e boatos rodeando os efeitos e consequências do consumo deste refrigerante.



A Mentos eruption (also known as a Mentos-and-Coke geyser) has become a backyard science experiment fad. It has also become an internet phenomenon, with videos of Mentos eruptions being posted on sites like YouTube and Google Video. The experiment involves dropping several Mentos candies into a bottle of cola, resulting in an eruption. This reaction occurs because of the rapidly expanding carbon dioxide inside once the Mentos are introduced to the carbonation.

While there are various theories being debated as to the exact scientific explanation of the phenomenon, many scientists claim that it is a physical reaction and not a chemical one. Water molecules strongly attract each other, linking together to form a tight mesh around each bubble of carbon dioxide gas in the soda. To form a new bubble, water molecules must push away from one another. It takes extra energy to break this surface tension. So, in other words, water resists the expansion of bubbles in the soda.

When Mentos are dropped into soda, the gelatin and gum arabic of the candy dissolves and breaks the surface tension. This disturbs the water mesh, so that it takes less work to expand and form new bubbles. Each Mentos candy has thousands of tiny pits all over the surface. These tiny pits function as nucleation sites, perfect places for carbon dioxide bubbles to form. As soon as the Mentos enter the soda, bubbles form all over the surface of the candy. The Mentos quickly sink to the bottom, releasing carbon dioxide as it comes into contact with carbonated liquid along the way. The sudden increase in pressure pushes all of the liquid up and out of the bottle.

The reaction was the subject of an episode of MythBusters, a television program on the Discovery Channel. They concluded that the caffeine, potassium benzoate, aspartame, & CO2 gas contained in the Diet Coke and the gelatin & gum arabic ingredients of the Mentos all contribute to the geyser effect. In addition, the MythBusters theorized that the physical structure of the Mentos is the most significant cause of the eruption. When a flavored Mentos with a smooth waxy coating was tested in carbonated water, no reaction occured, whereas a standard Mentos added to carbonated water formed a small geyser, thus affirming the nucleation site theory.

According to this interview of the Mythbusters team, they conclude that plain table salt is more effective at creating the eruption than Mentos. Of course then it's not called a Mentos eruption, but if the most powerful eruption is desired, table salt may be the most effective agent to add to Diet Coke.

sexta-feira, setembro 15, 2006


I’ve felt you coming, girl, as you drew near
I knew you’d find me, cause I longed you here
Are you my destiny? Is this how you'll appear
Wrapped in a coat with tears in your eyes?
Well, take that coat, babe, and throw it on the floor
Are you the one that I’ve been waiting for?

As you’ve been moving surely toward me
My soul has comforted and assured me
That in time my heart it will reward me
And that all will be revealed
So I’ve sat and I’ve watched an ice-age thaw
Are you the one that I’ve been waiting for?

Out of sorrow entire worlds have been built
Out of longing great wonders have been willed
They’re only little tears, darling, let them spill
Outside my window the world has gone to war
Are you the one that I’ve been waiting for?

Oh, we will know, won’t we?
The stars will explode in the sky
Oh, but they don’t, do they?
Stars have their moments and then they pass

There’s a man who spoke wonders, though I’ve never met him
He said “He who seeks finds
And who knocks will be let in”
I think of you in motion
And just how close you are getting
And how every little thing anticipates you
All down my veins my heart-strings call
Are you the one that I’ve been waiting for?
Are you the one that I’ve been waiting for?







Perdido na escuridão deste blog, leio e releio as minhas próprias palavras, rumino as minhas ideias pensadas e repensadas durante noites e noites, e constantemente repescadas à luz do dia, onde constantemente reestruturadas e constantemente remodificadas, constantemente me mergulham no vórtice de hesitações absorvedor que surge durante a baixa mar que discorre na minha baia de anseios.

terça-feira, setembro 12, 2006

thank God for redemption!

segunda-feira, setembro 11, 2006

Em redor as paredes em silêncio
as luzes brancas na parede caiada
a ventoinha e um suspiro.

Voas para longe, anuncias um retiro
quase secreto! Minha alma destroçada
contempla no tempo a cadência.


terça-feira, setembro 05, 2006

Há muitos anos atrás (mais de dez) um grupo de jovens dinâmicos incentivados possivelmente pelas séries juvenis das época (90210, Parker Lewis e várias produções televisivas e cinematográficas afins) decidiram arriscar na produção de um jormal escolar. Os meios eram escassos, e ter-se um computador em casa com software adequado para a edição de texto era uma raridade e um luxo. No entanto, a simpatia da paróquia de Vila Nova de Santo André e a amável disponibilidade de alguns funcionários do jornal paroquial "O Leme" a condições possibilitou uma composição semi-profissional do pasquim, e assim o PoucaGenteLê conseguiu ser editado.

O corpo redacional era composto maioritariamente por alunos provenientes de uma turma de química da Escola Secundária de Santo André, ESSA (posteriormente rebaptizada de Escola Secundária Padre António Macedo, ESPAM), com os quais eu tinha algumas afinidades, uma vez que estava na mesma área escolar. O jornal foi desenvolvido sempre sem auxilios ou orientações directas de professores, o que lhe conferia um caractér de insenção. O nome da publicação foi inspirado nas iniciais da então infame e recentemente extinta Prova Geral de Acesso (PGA), resultando o titúlo mordaz de Pouca Gente Lê (PGL).O preço da capa (50$=0,25€) correspondia ao custo de impressão de cada exemplar na repografia, e por isso o lucro que obtia da venda dos jornais era nulo. O projecto era interessante e ambicioso, tendo em conta as condicionantes socio-económicas e culturais que circunstanceavam os alunos da escola, mas a equipe do jornal demonstrou dinâmismo e preserverança ao não deixar morrer a iniciativa logo após a distribuição do primeiro exemplar.


Pessoalmente fui incentivado pela possibilidade de experimentar "escrever" para o jornal da escola ingressei nas fileiras dos reporteres como cronista (afinal, não tinha nada concreto para escrever, apenas uma vontade férrea e decidida de expressar as minhas opiniões, fossem elas quais fossem!), alargando depois a minha área de colaboração ao editorial de abertura (devido tanto à minha capacidade rebuscada de escrever sobre tudo e sobre nada, como à necessidade premente de se escrever um em cada jornal).


Ironicamente esta edição, além da crónica e do editorial, tem dois extras: a primeira é a entrevista que já nem recordava (julgo até que fui escolhido pela conveniência de que, sendo um dos colaboradores activos do Jornal, estaria facilmente disponível para responder às perguntas colocadas); a segunda é a secção
"O Pastor Responde", na qual respondia com sarcasmo e ironia às mensagens pessoais (algumas fictícias) dirigidas à secção de "Mensagens", atravês de uma personagem construido que vivia num imaginário semelhante e bastante inspiridor do mundo imaginário onde se move o Ovelha Brava.

Julgo que ao todo foram feitas cinco edições do jornal, iniciando-se no final do ano lectivo de 93/94 com o número zero, e prolongando-se por mais quatro edições durante 93/94. No entanto, com tanta papelada, com tanta mudança de casa em Lisboa, e na minha casa no Alentejo desconheço onde tenho guardados os outros exemplares.

O redescobrimento deste jornal, após anos de esquecimento, fez-me compreender que não mudei tanto durante estes dez anos em que tenho vivido em Lisboa. Essencialmente defendo os mesmos principios de vida, e a eles me mantenho fiel...

segunda-feira, setembro 04, 2006

Sob o sol escaldante entro na velha cidade. Aquela que adoro, aquela que odeio. A cidade onde encontro a liberdade em cada esquina, alegria em cada praça, beleza nas várias ruas, mas também prisão a seis metros da superfície, betão cerrado e opaco, odor humido e mofado, inpregnado num ar estagnado e doentio.

Seis passos, ou seis horas. Como posso decidir imperturbado entre retrair-me ou avançar se a cada passo que dou, se em cada segundo que passa, independente à minha vontade, sigo correndo de encontro do cárcere, inconscientemente ávido em cercear a minha própria liberdade, em reprimir vontades e impulsos, fustigar-me em todas as frentes da minha existência, para convenientemente aumentar a austeridade da sentença auto-infligida.


sexta-feira, setembro 01, 2006

vês um mundo que não é teu. um mundo no qual não acreditas. um mundo cuja realidade te repulsa. um mundo onde a injustiça é glorificada em prol do progresso financeiro e económico. um mundo onde os valores que elevam o ser humano são relegados e desconsiderados. vês um mundo ao qual recusas servir.