quarta-feira, maio 24, 2006

O dia começa, e tento sair da cama. O calor que me arde no peito é prenuncio de um dia cheio de patifarias e maldades. Não o consigo evitar, impossivel me controlar. Quanto mais mal faço, mais gostam de mim. Quanto mais longe vou, mais me pedem para avançar. Se alcanço o extremo exigem que suprima o limite e concorra a ser o primeiro a alcançar a outra margem.

Com as chamas ardendo dentro de mim tento suprimi-las no duche matinal. Vejo as torrentes de água escorrem pelo corpo e lembro-me sempre de quando não as conseguia ver. Com a água que corre peço que sejam arrastados todos os maus desejos e os maus instintos. Passo a toalha no corpo, com vigor tentando arrancar pele e pecados, tornar-me mais puro, mais bom, melhor.

Saio para a rua perdido numa cidade doce e cruel. Assim sou eu, inspirando e expirando do mesmo ar pesado e poluido.

5 comentários:

Anónimo disse...

e o jantar que organizaste por ocasião do teu aniversário? gostava de ver coments a isso...

Anónimo disse...

é a cidade que te pului? ou és tu e todos nós q puluímos a cidade, e todas as novas almas que nela entrarem?
não podemos atirar a grandeza das nossas boas acções para nós e os nossos bons instintos, e a culpa das nossas más ou medíocres acções para o mundo "mau" q nos rodeia...
:p

Anónimo disse...

eh pá, que vergonha, é "polui" e não "pului"... :$

p1ngger disse...

eu tb gostava d ver comments, mas aminha memória não é a das melhores.

mas com uma ou duas garrafas d vinho consigo embuir-me do espirito do jantar recapitular tudo. O pior é depois descrever nas teclas...

Sissa disse...

se bem me lembro, começaste o dia d uma bela forma :p *