terça-feira, março 07, 2006

Falemos de caricaturas... Exactamente, essas mesmos... Aquelas que quase meio mundo defende, aquelas que quase meio mundo queima, e aquelas com as quais quase meio mundo pouco se importa.

Assusta-me a dimensão da polémica das caricaturas. Não por estas ferirem a sensibilidade religiosa de milhares (milhões...) de pessoas, mais por constatar quem são os principais intervenientes.

A liberdade de um artista em criar é indiscutivel, pois, em ultima análise, a criação das suas obras é um mérito em si, oferecido pelo Pai ao que soube investir e fazer render os seus talentos. Mas se uma coisa é criar algo cuja beleza pode ser apreciada ou não, outra é forçar uma obra criada a quem a considere ofensiva, ou pior, transformar essa mesma obra num icon de arrogância e de intolerância. Compreendo que o islâmismo se sinta ofendido: afinal a sua lei não permite imagens humanas, e por isso será ainda menos permissiva à profanação da imagem do seu profeta em caricaturas.

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