terça-feira, novembro 22, 2005

Sinto-te chegar perto de mim, ao tocares o meu coração com as tuas palavras doces, intercaladas pela a alegria do teu riso irresistível.

Em teus olhos doces me perco. Os teus olhos refletem a alegria em viver, própria de quem não provou o sabor amargo dos males que atormentam o mundo. Horas passam por mim sem eu as sentir, pois a tua presença mantem-me feliz venerando a forma como adoças o mundo com o teu olhar.

Quero-te abraçar, mas com o sorriso que me acaricia, com os olhos que me prendem, com eles o teu abraço foge de mim, recusa-se a uma rendição. A muralha invisivel é intransponível, o fosso enorme, a vigilância constante.

Esperaria por ti uma vida inteira, mas de uma vida não disponho. Nem a minha, e muito menos a tua, a quem adoro mais do que tudo que possuo ou posso vir a possuir.

Resigno-me. Coloco a mochila às costas e as pernas ao caminho.

De ti ficará uma doce memória, que poderei saborear pelo resto da minha vida. E o beijo de despedida que não te darei...

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