Sob o sol escaldante entro na velha cidade. Aquela que adoro, aquela que odeio. A cidade onde encontro a liberdade em cada esquina, alegria em cada praça, beleza nas várias ruas, mas também prisão a seis metros da superfície, betão cerrado e opaco, odor humido e mofado, inpregnado num ar estagnado e doentio.
Seis passos, ou seis horas. Como posso decidir imperturbado entre retrair-me ou avançar se a cada passo que dou, se em cada segundo que passa, independente à minha vontade, sigo correndo de encontro do cárcere, inconscientemente ávido em cercear a minha própria liberdade, em reprimir vontades e impulsos, fustigar-me em todas as frentes da minha existência, para convenientemente aumentar a austeridade da sentença auto-infligida.
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