sexta-feira, outubro 30, 2009
através do vidro duplo desfilam os tijolos castanhos e cinzentos, aproximando-nos da saida. dentro da carruagem corpos e vontades são pesados, avaliados, esquecidos a maior parte, poucos permanecem na memória mais que meio minuto. as vidas desfilam ignorando-se mutuamente, mudas de sentido, avarentos na partilha, fingem-se invisiveis, ignoram outras presenças. a viagem é um frete, um desperdicio de vida, um adiantamento da eternidade dentro do solo. dentro da terra deixamos de pertencer ao mundo, somos parte das trevas, a humanidade enterrada no solo metropolitano.
quinta-feira, outubro 15, 2009
terça-feira, outubro 13, 2009
sinceramente...
...sinto-me tolo por acreditar
que serei louco se conseguir
aceitar e alcançar.
...sendo tolo por entender
que a confusão que há-de vir
dará menos riso que sofrer.
...a roda gira e gira e gira
e eu salto fora sem hesitar
ou agarro-me com fé à mentira?
...a tombola já roda e sorteia
a cautela que me irá calhar
é esperar pela lua cheia.
...sinto-me tolo por acreditar
que serei louco se conseguir
aceitar e alcançar.
...sendo tolo por entender
que a confusão que há-de vir
dará menos riso que sofrer.
...a roda gira e gira e gira
e eu salto fora sem hesitar
ou agarro-me com fé à mentira?
...a tombola já roda e sorteia
a cautela que me irá calhar
é esperar pela lua cheia.
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